A importância da arte




    Década de trinta, as ruas da periferia norte americana tinham como trilha sonora o poderoso Jazz dividindo espaço com outros estilos musicais que estavam ganhando força na época.  Comunistas, cantores liberais e negros, isso mesmo, colocamos aqui negros como algo a parte, pois assim eram vistos na época, dividiam espaço em clubes chamados “Cafés” para discutir sobre ideais e ouvir o velho ritmo que movia, mesmo que às escondidas, os “liberais” da época.
   A supremacia dos “brancos” perante os “negros” era algo de se impressionar. Parecia até que eram duas espécies diferentes de seres humanos dividindo o mesmo espaço, claro que com os brancos comandando tudo. Ofensas verbais do tipo “macaco”, “escurinho”, “sujo” eram faladas por todo o lugar enquanto crianças riam desse exemplo que seus pais deixavam, de que elas eram superiores àquelas outras crianças que, de diferente mesmo só tinham a cor da pele. Mas foi em Indiana, que as coisas passaram do limite.
   Um belo dia de agosto, como outro qualquer daquela década, um bando de homens brancos enforcaram em “praça pública” (sim, bem clichê), Thomas Shipp e Abram Smith, claro, depois de serem linchados, não poderia faltar, já que era uma prática comum da época linchar homens e mulheres negros. Sinceramente não sabemos pelo que foram acusados, mas posso dizer com certeza que não foi nada que pudesse justificar um ato de tanta barbárie. Pessoas riam enquanto viam os corpos daqueles dois cidadãos americanos balançando em uma árvore como se fossem duas frutas, idéia que  inspirou Abel Meeropol, um professor judeu do colégio Bronx em Nova Iorque. Chocado com a foto do ocorrido tirada por Lawrence Breitler, ele decide criar um poema de nome “Fruto Estranho”, em inglês “Strange Fruit”, que mais tarde foi transformado em música e gravado por vários cantores americanos, mas ficou eternizado na voz de Billie Holiday, que sempre procurava cantar em seus shows.
Thomas Shipp e Abram Smith enforcados em praça pública

   Você deve estar se perguntando por que nós do Partícula estamos falando desse ocorrido. Muito bem, queremos mostrar como algo muitas vezes banalizado pode ser de uma representação, de uma simbologia incrível. A música. Muitas vezes você ouve músicas, tanto internacionais quanto nacionais, sabe cantar ela inteira, mas não conhece a história por trás da mesma, história esta que pode ter mudado a vida de inúmeras pessoas. Pretendemos agora a partir desse post, falar um pouco em como a música, não só ela mas a arte em si, é bem mais do que achamos que seja. Em uma época onde músicas estão cada vez mais banalizadas, queremos mostrar que uma música pode ser bem mais do que um monte de rimas com um instrumento tocando ao fundo. Porque existe uma grande diferença entre um músico de verdade e uma estrela da música.
   
                                                Equipe Partícula Elementar.

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