Orçamento da União, um descaso com a população

Créditos da Imagem: Tribo NEWS
 No inicio deste ano foi divulgado os números do orçamento da União segundo o "Diário Oficial". O orçamento da União nada mais é do que o dinheiro que será gasto para "manter" o Brasil durante o ano no qual ele é estipulado, esse valor é distribuído entre várias áreas administrativas brasileiras. Entre elas pode-se citar a Economia, Educação, Saúde, salários dos funcionários públicos, reajustes salariais, programas de crescimento, entre outras. É justamente nessa distribuição que estão muitos problemas que sempre nos incomodam. Então vamos aos números:


- Receita aprovada em 12 de março pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff: 
R$ 2,276 trilhões.
- Refinanciamento da Dívida Pública:
R$ 610,1 bilhões.
- Reajuste dos servidores públicos dos três poderes (média):
R$ 964 milhões.
- Salários dos servidores públicos dos três poderes:
R$ 12,912 bilhões.
- Despesas com outros funcionários e (empreiteiras, serviços contratados, etc):
R$ 190,328 bilhões.
- Saúde:
R$ 99,8 bilhões.
- Educação: 
R$ 81,1 bilhões, dos quais deve-se citar:
  • R$ 5.212.742.661 destinados à Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • R$ 29.216.660.290 destinados à Educação Básica;
  • R$ 5.861.251.900 destinados à Educação Profissional e Tecnológica;
  • R$ 11.836.365.803 destinados à Educação Superior (Graduação, Pós Graduação, Ensino, Pesquisa e Extensão)
- PAC (Programa de Aceleração do Crescimento):
R$ 51,9 bilhões.
- Trabalho, Emprego e Renda:
R$ 40,9 bilhões.
- Agricultura Familiar:
R$ 5,18 bilhões.
- Agropecuária:
R$ 12,25 bilhões.
- Transporte:
  • Ferroviário: R$ 1.861.772.348
  • Hidroviário: R$ 408.500.000
  • Marítimo: R$ 382.787.139
  • Rodoviário: 13.370.176.756
- Bolsa Família (essa parte dói):
R$ 22.076.153.581

Obs.: Esses e outros valores podem ser consultados aqui.

Créditos: http://www.facebook.com/MovimentoContraCorrupcao


   Então, o que dizer? O que pensar? Que mais de 22 bilhões de reais é muito para um programa que incentiva a pobreza e o não aumento da renda? "Ah, mas por que incentiva?", vejamos o porquê:
  • Supondo que uma família tenha 3 filhos pequenos e que a mesma preencha os pré-requisitos para se encaixar no programa Bolsa Família e também esteja em situação de extrema pobreza, o benefício será de um total de R$ 210,00. Essa mesma família, ao receber o dinheiro, começa a comprar novos móveis e eletrodomésticos (mesmo que em prestações) para sua casa e quando for passar pelo recadastramento percebem que não se encaixam mais na linha de extrema pobreza, então seu benefício, que era de R$ 70,00 por criança, passa a ser algo em torno de R$ 40 reais por criança, totalizando R$ 120 reais mensais, quase metade do que uma vez já recebera.
    Uma família sensata procuraria uma forma de suprir esse corte no benefício arranjando um novo emprego, diminuindo os gastos ou procurando por uma outra alternativa, porém não é o que sempre acontece. Em alguns casos, o casal pensa em ter mais filhos para assim receber mais dinheiro e diminuir a renda familiar, aumentando o recebimento mensal do Bolsa Família. Mas o problema é que um filho a mais gera um gasto muito maior do que R$ 70,00 mensais e, quatro filhos, sem sombra de dúvida, precisam de mais de R$ 280,00 mensais para viver com qualidade.
   Outra coisa bem revoltante é a análise do transporte no Brasil. Imensos congestionamentos, estradas ruins, péssimo escoamento de mercadorias dos portos, mesmo que o maior investimento seja na área rodoviária. O transporte ferroviário, que seria uma ótima saída para um escoamento rápido e eficaz de toneladas de mercadorias transportadas por dezenas de caminhões, recebe menos de um sétimo do valor destinado ao transporte rodoviário.
Créditos: https://www.facebook.com/medicinadepressao
   A saúde, que está sendo tema de protesto em todo os país, até mesmo por pacientes que utilizam planos de saúde particulares, recebe quase metade do investimento dado a despesas com empreiteiras e serviços contratados (olha a Copa do Mundo aí gente!). Enquanto médicos e profissionais da saúde protestam (leia mais aqui) por todo o país, é essa a atenção dada a um serviço essencial pelo Governo Federal.




  Mas agora vem a pior parte, o pilar da sociedade. O que seria da saúde, transporte, trabalho, agricultura e todas as outras instituições que regem um país sem a educação? E que tipo de país investe menos de 4% do seu orçamento no pilar de seu progresso? Sim, é mesmo impressionante que ainda assim existam escolas públicas por todo o país com um investimento tão baixo em educação. Nos EUA, o gasto anual por aluno é de aproximadamente US$ 1300,00, na Noruega e na Suíça esse valor é praticamente dez vezes maior, enquanto o Brasil gasta metade do que é gasto no México e no Chile, que são países de terceiro mundo, como nós.
   Agora acalmem-se pessoal, o investimento em educação e saúde deve subir 0,3 a 0,6% até ano que vem, olhe que beleza! Desse jeito vamos chegar a ser um país de primeiro mundo e com certeza teremos um IDH invejável, profissionais super capacitados prontos para receber grandes investidores internacionais, uma saúde de deixar qualquer país norte-europeu "no chinelo" e lindas estradas com um escoamento de mercadorias super eficaz. O povo não detesta o Brasil, o povo não quer sair daqui, o povo só quer um governo que funcione para todos, independente do grau de instrução, salário ou emprego. Um país rico não é só um país sem pobreza.


                                                                  Partícula


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