Entenda a Primavera Árabe




     Tudo se iniciou em Dezembro de 2010 na Tunísia, quando Mohamed Bouazizi, um jovem desempregado cansado do regime ditatorial em seu país, maus tratos a sua família e dos policiais corruptos que o agrediam e levavam seus mantimentos embora frequentemente, ateou fogo em seu próprio corpo desencadeando assim uma série de protestos e revoltas. Bouazizi morreu em 4 de Janeiro de 2011 depois de ficar 18 dias internado no Hospital Ben Arous com queimaduras de segundo grau na maior parte do corpo, tinha 26 anos.
Mohamed Bouazizi
   O termo “Primavera Árabe” foi escolhido por conta da estação ser marcada pelo renascimento da vegetação e consequentemente da vida após a rigorosa estação do Inverno, fazendo uma analogia aos anos de sofrimento com ditaduras e guerras  e ao renascimento para uma realidade livre e democrática. Foi também uma alusão à Primavera de Praga, que foi um período de liberação da Tchecoslováquia durante sua dominação pela antiga União Soviética após o fim da Segunda Guerra Mundial, esse termo foi cunhado pela mídia internacional, apesar de nem todos os países pertencerem ao Mundo Árabe, e se mantém até hoje.
   Três chefes de Estado já foram derrubados desde então, sendo eles Zine El Abidine Ben Ali (presidente da Tunísia) que fugiu para a Arábia Saudita em 14 Janeiro de 2011, Hosni Mubarak (presidente do Egito) que renunciou ao seu cargo em 11 de Fevereiro de 2011 e finalmente Muammar al-Gaddafi (presidente da Líbia), que foi morto num tiroteio depois de revoltas constantes em seu país. Líderes de todas as regiões do Mundo Árabe, após verem a situação revoltosa que pairava por suas cabeças anunciaram a clara intenção de renunciar, não tentando a reeleição em próximas eleições de seus respectivos países.
   No início a Revolta tinha como característica a violência e a saída do povo às ruas em busca do protesto, o que custou caro à população, sendo que foram cerca 200 mortes e mais de 500 pessoas feridas
, então as redes sociais tomaram parte também dessa “guerra” pela liberdade, contando com o apoio de pessoas em todas as partes do mundo. 
   Além de ser um dos fatos mais importantes da atualidade, a Primavera Árabe foi a primeira grande onda de protestos pela democracia e liberdade no Mundo Árabe do século XXI, mostrando que mesmo nos dias atuais a opressão, a ditadura e a violência por parte do governo e suas autoridades ainda é um fato em boa parte do mundo e que heróis ainda existem e são capazes de mobilizar todo um povo.
         (Imagem retirada do site Terra)
  • Governo Derrubado: Líbia, Egito e Iêmen.
  • Desordem Civil e Mudanças Estatais: Jordânia, Kuwait, Omã e Marrocos.
  • Grandes Protestos: Argélia, Iraque, Líbano, Síria e Palestina.
  • Protestos Menores: Saara Ocidental, Mauritânia, Sudão, Arábia Saudita e Barein.

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5 Responses to “Entenda a Primavera Árabe”

Duda disse...
11 de outubro de 2012 às 16:11

Finalmente criei coragem de ler sobre o assunto, certeza que cai no ENEM.


Carlos Maciel disse...
13 de outubro de 2012 às 02:39

Apesar desse homem ser considerado um herói eu acho que isso foi muito extremo, assim como tudo vindo do Oriente Médio - não sendo preconceituoso.
Combater extremismos com uma atitude extremista só gera novas ditaduras, novos atos de violência e novos "mundos árabes".
É o que eu acho...


Unknown disse...
18 de dezembro de 2012 às 22:40

Eu não acho certo Mohamed Bouazizi ter se queimado, mas entendo perfeitamente suas razões e sua revolta porque as condições de vida lá são muito ruins, diferente do Brasil onde você se vira com um pacote de bananada. Todos temos a ideia sugestionada de que todo árabe é extremista, isso é preconceito. Todos os países desenvolvidos tiveram guerras civis. Os terroristas mesmo são outros.


Unknown disse...
18 de dezembro de 2012 às 22:46

Não sou a favor da violência, mas infelizmente as coisas não mudam de forma pacífica, é necessário ir às ruas mesmo e botar pra cima. Uma coisa que admiro no povo árabe é a sua belicosidade, mas infelizmente o petróleo tem sido uma maldição para essa região, a causa de todas essas desgraças.


Carlos Maciel disse...
19 de dezembro de 2012 às 00:59

Essa ideia sugestionada vem pelo fato de que todos que nascem lá acabam participando de uma guerra que nem sabem ao certo o motivo, participam de uma religião que foi alterada para ser a favor de métodos de guerra e exterminação, enfim, a pessoa já nasce sofrendo uma lavagem cerebral.
Mas uma coisa é verdade, eles tem garra, pelo menos os que querem e não foram "corrompidos". O triste é saber que todo aquele dinheiro que paira sobre o Oriente Médio poderia colocá-los ao patamar de primeiro mundo, mas é isso, de um lado Emirados Árabes, do outro Afeganistão.


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